Proença cauteloso foi mais eficaz nos penaltis

AD. Fundão: Tiago, Bruno Valentim, João Fiuza, Rui Paulo, Óscar Menino, João Tapadas, José Carlos, Yago, Hélio Salvado, Pedro Martins, Pedro Júnior.

Suplentes: Joel, João Lisboa, Ricardo Morais, Elton Amaral, Ricardo Fonseca, Gustavo Peralta, João Lázaro.

Treinador: João Laia

Subs: Rui Paulo por João Lisboa aos 45´, Bruno Valentim por Ricardo Fonseca aos 60´, Pedro Júnior por Elton Amaral aos 69´

Disciplina: C.A. Hélio Salvado 22´, Pedro Martins 31´,43´

C.V. Pedro Martins 43´

ADC Proença-a-Nova: Luís Almeida, Filipe, Big, , Pequito, Fonseca, Bruno Rodrigues, João Proença, Russo, Arlindo, Balau, Jorge Ribeiro

Suplentes: Ricardo Almeida, Verganista, Portela, Nuno Alves, Norberto, Pias, Tiago Mateus

Treinador: Quim Manuel

Subs: João Proença por Tiago Mateus aos 58´, Russo por Nuno Alves aos 61´

Disciplina: C.A. Fonseca 44´, João Proença 38´, Bruno Rodrigues 88´

Penaltis

Fundão: 1º Yago falhou, 2º Óscar menino marcou, 3º José Carlos falhou, 4º Ricardo Fonseca marcou.

Proença: 1.º Arlindo falhou, 2.º Nuno Alves marcou, 3.º Pequito marcou, 4.º Bruno marcou, 5º Fonseca marcou.

Numa partida equilibrada foi necessário recorrer às grandes penalidades para decidir o apuramento à segunda ronda da Taça José Farromba.

A Desportiva do Fundão ficou pelo caminho logo na primeira ronda da Taça "José Farromba". A jogar em casa frente ao Proença, os pupilos de João Laia não foram felizes, mas só se podem queixar de si próprios, já que criaram oportunidades suficientes para terminar os 90 minutos em vantagem no marcador. Tal não aconteceu, e o desfecho da partida acabou por ser decidido da marca de grandes penalidades. Neste capítulo a turma do Pinhal acabou por ser mais eficaz convertendo quatro grandes penalidades contra apenas duas do Fundão.

Quanto ao jogo, teve duas partes absolutamente distintas: uma primeira parte sem sabor, sem garra e sem grandes oportunidades de golo, e uma etapa complementar mais bem disputada, e com lances de grande frisson junto a ambas as balizas.

Ao longo dos primeiros 45 minutos o equilíbrio foi nota dominante, com o jogo a disputar-se quase sempre no meio campo e longe das balizas. No entanto couberam ao Fundão as melhores oportunidades para inaugurar o marcador.

Aos 20 minutos, Óscar Menino, o melhor em campo e o maestro da equipa fundanense, comecava o seu recital com um passe a rasgar a defensiva do Proença e a isolar Yago, mas o brasileiro deixa-se antecipar pelo guarda redes Almeida.

Ao 36 minutos é o próprio Óscar que, lançado por Tapadas, e vendo o adiantamento de Almeida, tenta o chapéu, mas a bola sai a poucos centímetros do poste.

O primeiro tempo nao terminaria sem um lance determinante para o desenrolar do resto do encontro: aos 43 minutos, Pedro Martins já com um amarelo, tem uma entrada feia sobre um adversário e Luís Cruz não tem outro remédio senão mostrar o segundo amarelo e consequente vermelho ao fundanense.

A equipa da casa jogaria toda a segunda metade reduzida a 10 jogadores, mas a verdade é que quase não se notou. Os fundanenses entraram bem na etapa complementar e conseguiram imprimir uma maior agressividade no ataque e, logo aos 50 minutos, Pedro Júnior com um remate portentoso obriga o guardião Almeida a uma grande defesa.

O jogo estava mais aberto, o Fundão assumia as despesas do ataque e o Proença jogava na expectativa à espera da oportunidade de lançar o contra ataque. Oportunidade que surgiu aos 67 minutos; Filipe cruza da direita e Bruno Rodrigues, a melhor unidade do Proença, remata à barra da baliza de Tiago, a defesa fundanense não afasta e Bruno volta a insistir e remata a meia volta, mas ao lado. Este era o melhor período da equipa de Quim Manuel, que dez minutos volvidos voltava a estar perto de marcar. Mais uma vez a defesa fundanense não c onsegue aliviar a bola da áerea, e Balau ganha espaço e remata em força para uma defesa de instinto de Tiago.

Os dois treinadores sentem que podem ganhar o jogo e fazem alterações nas respectivas equipas. João Laia lança Elton e Joaquim Manuel coloca em campo o veterano goleador Nuno Alves.

Substituições que trouxeram ainda mais ânimo ao jogo, mas que não tiveram qualquer resultado prático.

Os últimos cinco minutos foram impróprios para cardíacos e a ameaça de golo pairou sobre a cabeça dos dois guarda redes, ainda que Almeida tenha tido razões para se sentir mais desconfortável, já que o Fundão teve uma ascendente nesta fase. Aos 42 minutos Fiúza tabela com João Lisboa e só não marca porque Fonseca conta in extremis pela linha de fundo.

Dois minutos depois é Elton que de fora da área obriga Almeida a voar ao ângulo para evitar o golo do Fundão. A turma de Proença ainda se aventurou na área fundanense, com Jorge Ribeiro a rematar para um corte corajoso de Fiuza. e na resposta, já no último minuto de compensações, Óscar Menino surge isolado frente a Almeida e tenta mais uma vez o chapéu ao guarda redes forasteiro mas, mais uma vez, a bola sai a rasar o poste.

Pouco depois Luís Cruz dava por terminada e o nulo no marcador obrigava ao recurso às grandes penalidades. O Fundão falhou por duas vezes da marca de 11 metros, o Proença falhou apenas uma e na quinta, Fonseca não tremeu e bateu Tiago colocando o Proença na 2ª eliminatória da Taça de Honra.

A Arbitragem: Impecável. Os jogadores não deram grande trabalho, e Luís Cruz teve o mérito de não complicar. Bem no capítulo técnico e no disciplinar. Na expulsão de Pedro Martins, não podia fazer outra coisa. Bastante atento compensou mesmo algumas falhas dos seus auxiliares.

AD. Fundão: Jogou melhor com 10 na segunda metade do que com 11 na primeira. Apesar do equilíbrio ter sido a nota dominante, a equipa de João Laia criou as melhores oportunidades de golo, mas só se pode queixar de si própria.

Proença: Passou os primeiros 45 minutos praticamente ao lado do jogo. Melhorou substancialmente na segunda metade metade, mas nunca soube tirar partido da circunstância de estar a jogar contra 10 durante um período inteiro. Tinha obrigação de arriscar mais.

João Laia: "Acho que fomos superiores, mesmo a jogar com 10. Tivemos o jogo praticamente controlado, mas não conseguimos concretizar. Quis dar oportunidade a jogadores menos utilizados, e alguns tiveram bem. De resto, dar os parabéns ao Proença, e que consigam ganhar a Taça".

Quim Manuel: "Um jogo complicado. Por tradição nunca aqui conseguimos ganhar. A 1ª parte foi de domínio do Fundão a 2ª foi mais equilibrada. Competia-nos arriscar mais na 2ª parte, porque estavamos a jogar contra 10, mas não o conseguimos fazer da melhor forma. É pena que uma destas equipas tivesse ficado para trás. Acho que o modelo da Taça devia ser diferente, com 2 grupos de 6 equipas".

In Tribuna Desportiva de 18 de Novembro de 2008
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