01/03/2009

ALCAINS 5 PROENÇA-A-NOVA 0 LÍDER NÃO FACILITA E ACABA A GOLEAR


O Proença-a-Nova foi até Alcains com a finalidade de pelo menos não perder e assim manter uma pequena vantagem sobre os seus perseguidores, mas ao abordar o jogo em pleno Trigueiros de Aragão sem as necessárias cautelas defensivas, acabou por ser goleado sem apelo nem agravo! O Alcains sentenciou a partida ainda antes da meia hora e limitou-se depois a gerir o jogo, o resultado, e a economia de esforços de atletas mais desgastados fisicamente.
A equipa de Quim Manuel sabia das dificuldades que iria sentir nesta jornada. Defrontar o conjunto que lidera o campeonato já é por si só complicado, mas mais difícil é roubar-lhe pontos quando actua perante o seu público. Posto isto, é difícil explicar o que passou pela cabeça dos jogadores proencenses…será que pensavam que a equipa canarinha estava acomodada ou pura e simplesmente acreditavam em demasia na sua valia? É que entrar na partida como entraram, sem organização e com as linhas distantes umas das outras, deram espaços que se revelariam fatais aos valorosos jogadores alcainenses.
Quando Dialló inaugurou o marcador à passagem do nono minuto, os jogadores de Andriaça galvanizaram-se, abriram o livro e a defensiva de Proença passou por momentos que certamente não imaginaria passar.
Aos 12` Toni com um corte providencial em cima da linha de baliza evitou o segundo tento enviando a bola para canto, na sequência do qual Constantino cabeceou à trave, mas a avalanche ofensiva dos da casa não perdia gás e as oscilações defensivas forasteiras eram cada vez mais visíveis. Fruto dessa postura atacante o 2-0 não causou surpresa. Manoel foi rasteirado quando em plena área se aprestava para rematar à baliza, e ele mesmo chamado à conversão do respectivo penalty se encarregou de atirar a contar e assim elevar a contagem.
O Proença tinha levado dois autênticos murros no estômago e não conseguia reagir. E aqui o mérito vai inteirinho para a boa prestação caseira que não dando tréguas à defesa contrária, a obrigava a sucessivos erros defensivos. Ricardo Costa com um remate fulminante ao minuto 25 marcava o terceiro e a partida ficava sentenciada!
Certo que pouco depois o Proença se mostrava em termos ofensivos, mas aí já o Alcains tinha claramente tirado o pé do acelerador, permitindo mais espaço aos seus adversários e estes aproximaram-se então da baliza de Beirão.
Aos 28`Nuno Alves com um remate à meia volta levou a bola às malhas laterais e dez minutos depois seria novamente o mesmo jogador a revelar irreverência quando rematou forte para Quinzinho desviar pela linha de fundo.
Para a segunda metade já se antevia um Alcains mais economicista e ao mesmo tempo um Proença mais solidário, mais concentrado e mais equipa. Não nos enganámos nas previsões e o jogo deixou de ter a intensidade revelada na primeira parte. Ainda assim, cada vez que o ataque canarinho subia de intensidade, a defesa forasteira vacilava e incorria nos mesmos erros dos primeiros 45 minutos.
O guardião Almeida foi obrigado a cometer grande penalidade (74`) sobre Aíldo que se isolara, e Manoel aproveitou para bisar na partida elevando a contagem para quatro a zero.
Fábio mostrou inconformismo e pouco depois rematou ao poste esquerdo da baliza de Beirão mas por aqui se ficou o Proença em termos ofensivos, até porque o seu artilheiro mor deixava o terreno de jogo com fractura da cana do nariz e o seu poder de resposta decaiu drasticamente.
Entretanto a equipa da casa voltava a dispor de soberana oportunidade para elevar a contagem. Ao minuto 80 nova grande penalidade foi assinalada a seu favor, mas desta feita Manoel desperdiçou rematando para as nuvens. Contudo, o resultado não estava fechado e o hattrick de Manoel acabou por acontecer a um minuto do termo do tempo regulamentar, depois de um slalon fantástico por si executado.
A arbitragem de Ricardo Fontes e seus pares não teve qualquer influência no resultado o que por si só equivale a uma boa prestação.
João Perquilhas
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