28/01/2009

Campeonato Distrital de Juvenis - Jogar contra o mau tempo

Não vai deixar grandes saudades a partida que no último domingo opôs a Desportiva da Estação ao Proença-a-Nova, a contar para o distrital de Juvenis. Para além das dificuldades normais de qualquer jogo, as três equipas em campo ainda tiveram que lidar com muito frio, vento forte, chuva e granizo. Isto para não falar do lastimável estado do campo de treinos do Complexo Desportivo da Covilhã.
Foi tudo para ajudar a estragar aquilo que poderia ter sido um bom jogo de futebol. E até o árbitro Luís Madeira, deu a sua contribuição ao expulsar já perto do final dois jogadores da ADE. O veterano árbitro estava mais perto dos lances do que qualquer outra pessoa e, portanto, lá saberá as razões por que deu ordem de expulsão a Vinhas, primeiro, e a Vieira, depois, mas para quem estava de fora do rectângulo de jogo e mais longe da acção, pareceram decisões exageradas. Ainda assim, benefício da dúvida para o juiz.
Quanto ao jogo em si, não há muito a dizer. Com um relvado em muito mau estado em toda a sua dimensão, os jogadores tiveram que redobrar esforços para tentarem construir uma jogada com princípio meio e fim. E raramente conseguiram: a bola ficava presa nos charcos de água ou poços de lama, os jogadores escorregavam, e ao fim de 10 minutos, já não havia ninguém que não estivesse enlameado e ensopado até aos ossos. Não admira, por isso que, em mais de 80 minutos de jogo, as oportunidades de golo se contem pelos dedos de uma mão.
A Desportiva da Estação acabou por ser a equipa que, naturalmente, se adaptou melhor às condições do terreno e, por isso, teve quase sempre o controlo do jogo. Mas a turma de Proença nunca baixaria os braços e procurou sempre caminhos para chegar perto da baliza de Guillome. Aliás o guarda redes serrano seria mesmo o primeiro a ter trabalho. Aos 19 minutos quande teve de se aplicar para defender um potente remate de Tavares que levava selo de golo. Os covilhanenses assustaram-se, mas logo na jogada seguinte vão inaugurar o marcador cum um golo de Gustavo, que num lance de contra ataque, surge sozinho na frente de Gonçalo, e bate o guardião do Proença pela primeira vez.
O mesmo Gustavo esteve perto de bisar cinco minutos após o recomeço, mas Gonçalo desta feita, foi irreprensível e saiu aos pés do avançado da ADE adiando o segundo dos da casa. O golo da tranquilidade acabaria no entanto, por surgir aos 53 minutos. Canto da esquerda, mau alívio da defensiva para a entrada da área, e Diogo, de primeira, remata forte por cima do guardião forasteiro que estava ligeiramente adiantado.
Um golo que surgiu na pior altura para a equipa visitante, que nesse período parecia embalada, para chegar ao empate, ainda que não conseguisse criar perigo junto da baliza de Gillome.
Apesar da desvantagem, os jovens do Pinhal não desarmaram e procuraram o golo. Mas nem reduzida a 9 unidades a ADE vacilou. Os pupilos de Toninho, mesmo em inferioridade numérica, conseguiram sempre tapar todos os caminhos para a baliza e guardar a preciosa vantagem.
Vitória justa da ADE. Faltou apenas um golo para premiar o esforço dos de Proença.
In Tribuna Desportiva de 27 de Janeiro de 2009
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